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#8 O grande aliado da performance - a relação peso X potência


Em grande parte dos esportes, ao falar sobre busca de performance, estamos falando muito mais que treinar correto, se alimentar bem e dormir bem. O corpo precisa estar alinhado na melhor relação de funcionamento que ele possa se superar e colher frutos melhores na hora de performar.

Mas nesse texto vamos nos ater a uma questão que influencia muito em modalidades como corrida e ciclismo, que é a relação peso X potência.

Para ser mais rápido, um dos fatores que influencia é o quanto de potência muscular seu corpo é capaz de gerar. Observando sobre a ótica física de que potência é a massa multiplicada pela aceleração, estamos falando de uma musculatura funcionalmente forte capaz de acelerar toda a massa do indivíduo, gerando potência.

E onde entra o peso nessa história? Gordura é peso, massa muscular é peso, bem como diversas outras estruturas de nosso corpo, porém são essas que devemos modular. Gordura em excesso é prejudicial pois é algo que apenas armazena e não é capaz de transformar energia química em energia mecânica, bem como musculatura demais pode ser prejudicial também se não for capaz de gerar aceleração e consequentemente deixar mais lento.

Por outro lado, quanto mais vamos nos dirigindo para distâncias maiores, as gorduras são fonte de energia química para serem transformadas em energia mecânica, bem como falta de musculatura pode não conseguir acelerar a massa do indivíduo de uma forma eficaz.

Então, quando falamos de performance estamos procurando o que? Estamos falando de uma composição ideal física onde quantidade de gorduras e músculos estão equalizadas de acordo com o objetivo específico do atleta, e de trabalhos específicos de potência (como exemplo voltado para a corrida o trabalho com saltos e de pliometria) para conseguir gerar velocidade nas estruturas anteriores.

Em suma, estamos falando de que para melhorar a performance o percentual de gordura deve estar controlado de acordo com o objetivo, que ter massa muscular é importantíssimo para deslocar seu corpo e que trabalhos específicos farão essa relação de geração de potência serem melhorados sensivelmente.

Ou seja, se em um percurso de ciclismo um atleta sustenta 2,6w/kg por exemplo ao invés 2,4w/kg do feito anteriormente para o mesmo trabalho, teve uma melhora substancial em seu rendimento apenas modulando aqueles 3 fatores anteriormente descritos: perdendo percentual de gordura ou ganhando massa muscular ou fazendo exercícios que ensinam o corpo a fazer aquele movimento de forma mais eficaz. Nos números acima parece pouco, mas no tempo final com certeza se traduz em um percurso mais rápido. E o mesmo é aplicado a corrida e a todos os outros esportes de características semelhantes.

Portanto é mito aquela história de "não vou fazer musculação pois vou ficar pesado para meu esporte" ou que "o fortalecimento muscular é apenas para prevenir lesão" (texto #7). O importante é encontrar profissionais que possam lhe ajudar a chegar a sua ótima relação e com isso conquistar seus melhores resultados.

Sempre podemos melhorar e coisas simples assim podem fazer toda a diferença!


Fábio Targas Gonçalves

CREF: 091562-G/SP


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