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#29 - O que é melhor para o desempenho esportivo: musculação ou treinamento funcional?



Uma questão já abordada em outro texto por nós, e já pré estabelecido como necessário, é a necessidade de um trabalho complementar de fortalecimento muscular. Mas qual a melhor forma de fazer isso quando estamos falando de desempenho esportivo?

Vale ressaltar inicialmente que qualquer tipo de trabalho que venha a desenvolver o ganho de massa magra é bem vindo em relação ao desempenho. Mas existem sim estudos que mostram que há a prevalência de performance em um tipo de trabalho em relação ao outro. Vamos falar sobre ele.

A musculação em si tem seus prós e contras dentro de seu conceito mesmo. A periodização pode abordar características como resistência muscular localizada (RML), trabalho de hipertrofia, trabalho de força, trabalho de potência, entre outros. Cada abordagem deve ser manipulada de acordo com a modalidade específica bem como a fase de periodização em que se encontra o atleta.

O treinamento funcional é sem dúvida o menos monótono entre as possibilidades. Ele também tem a possibilidade de ganho de mobilidade articular por conta de seus movimentos. Mas aqui vale ressaltar a questão mais importante de todas: o treino funcional tem que ser em função de sua modalidade! Não adianta implementar movimentos que não agreguem algum valor e fazer variações apenas para ser diferente (e muitas vezes elevam de forma razoável a exposição ao risco de lesão). Os movimentos funcionais tem de estar de acordo com a modalidade e propiciar algo positivo em relação a ela como por exemplo, ganho de força ou potência aplicado ao gesto motor do esporte.

Outra modalidade que vem ganhando espaço e sendo usada como fortalecimento para outra modalidade é o crossfit. Por seus movimentos base (principalmente a parte de LPO - levantamento de peso olímpico), tende a ser algo bem interessante. Porém a alta intensidade de trabalho que normalmente é implementada, e as condições de levar o corpo muito próximo a fadiga pode se tornar concorrente em relação a modalidade principal (dividir energias) e consequentemente elevar o risco de lesão.

Quando falamos de altíssimo rendimento, a literatura científica aborda isso da seguinte forma: o corpo deve ser funcional em relação à modalidade. Isso implica em economia de energia no gesto motor e ganho de potência e/ou resistência dependendo das características da modalidade.

Como a maioria dos esportes envolvem velocidade de execução de movimento, nesse caso vamos abordar o que mais vem sendo utilizado pelos atletas de ponta: o conceito do Optimun Power Load (OPL). Através dele, se treina em uma carga otimizada com uma velocidade de execução rápida e nesse combo ganhamos potência + hipertrofia (menos que em um trabalho de musculação puramente dita). Nesse ponto otimizamos o processo deixando o atleta mais funcional, sem perder propriedades de velocidade das células musculares, e ganhando massa magra (quer um texto somente sobre isso, deixa nos comentários).

Resumindo: qualquer que seja a abordagem escolhida é melhor que não fazer uma parte específica de fortalecimento muscular. Se fosse para opinar qual deles é o melhor (lembrando que depende muito da modalidade e aqui estamos abordando modalidades como corrida por exemplo), poderíamos dizer que um híbrido entre OPL e musculação, sempre direcionado especificamente para a modalidade, para o objetivo do atleta e da fase de periodização.

Bons treinos e bom fortalecimento!!!


Fábio Targas Gonçalves

CREF: 091562-G/SP

Targas Personal Coach - Assessoria Esportiva

@fabiotargas

@targaspersonalcoach

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